terça-feira, 29 de abril de 2008

Volto pra lá

Prezados, meu blog tá voltando pro Wordpress. Saí de lá porque tinha ficado meio perdido com alterações que fizeram no design do painel de edição e em configurações, mas já saquei tudinho novamente.
Lá, posso fazer upload também de pdf, o que não é possível aqui.

Lembram-se? Olha aí, ó: http://monlover.wordpress.com

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mulheres desbocadas

O Edifício Central, na praça da Estação, em Belo Horizonte, tem um lance interessante. Lá, há vários bares que têm apenas mulheres como proprietários, gerentes ou atendentes. Um ambiente feminino. E mulheres dando o tom num universo masculino.

O legal é que são desbocadas, algumas delas, guiadas pela cultura do nem-aí-pro-senhor-doutor. E algumas delas têm as pernas cabeludas, para delírio do underground Bob Crumb, do Juvenal Bundamental e de um certo blogueiro.

Quem tem medo das palavras?

Palavras cabeludas, como as pernas de algumas daquelas mulheres do Edifício Central, são legais. Delírio de Bob Crumb, de Juvenal Bundamental e de um certo blogueiro.

O que torna certas palavras bem-vindas ao salão, que nem piadas sem graça, e outras mal-vindas, mal-vistas e amadas apenas por tarados por coisas cabeludas? Ora, é a história social das palavras, a origem delas, o lugar de onde vieram, a boca de onde saíram quando vieram ao mundo pela primeira vez, ou quando saíram de casa e foram parar noutro lugar, as ruelas que transitaram.

As palavras cabeludas são como as mulheres de pernas cabeludas. Vieram de lá, daquele lugar, aquele lugar docemente pornográfico de onde vimos todos nós.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Violeiro




Show de lançamento do CD Rio de Contrastes, do violeiro Fernando Sodré, com a participação do bandolinista Hamilton de Holanda. Na sexta-feira, dia 18, em duas sessões: às 20 horas e às 21h30.

O local: Teatro Alterosa, Av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta. Inteira: R$ 10. Meia: R% 5.

O bróder Zu, que está prestando assessoria de imprensa ao artista, garante que é imperdível.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um "furo", sete anos depois

Texto do velho amigo Regis Gonçalves, publicado no “Observatório da Imprensa”, em 01/04/2008

Domingo, 4 de março de 2001: o jornal mineiro O Tempo destaca, na capa do caderno de cultura “Magazine” e com chamada na primeira página, reportagem que revelava em absoluta primeira mão na imprensa a existência de um caderno inédito de anotações feitas pelo escritor João Guimarães Rosa quando exercia o cargo de vice-cônsul do Brasil em Hamburgo (Alemanha), durante a Segunda Guerra Mundial. Trechos dessas anotações, livremente chamados “Diário de Guerra”, foram publicados na mesma edição.

Fevereiro de 2008: a revista Bravo! publica, como matéria de capa de sua edição desse mês, texto de conteúdo análogo reivindicando a primazia da divulgação das anotações rosianas que, de fato, ainda continuam inéditas em livro, mas cuja existência já havia sido revelada desde 2001 por O Tempo. Autor da matéria original, tomei a iniciativa de escrever para a seção “Cartas” da revista, solicitando fosse desfeito o equívoco e dado a quem de direito o crédito pelo ineditismo da revelação. Fiz também acompanhar minha carta de imagem em PDF da capa de “Magazine” daquela data.

Questão ética
Não por coincidência, a seção “Cartas” da edição de março de Bravo! foi inteiramente dedicada ao “Diário de Guerra de Guimarães Rosa e suas repercussões” (sic), seguida do seguinte bigode: “Leitores comentam a publicação, com exclusividade, das anotações feitas pelo escritor mineiro durante a Segunda Guerra”. Surpreendentemente, minha correspondência sequer é mencionada entre tantas ali publicadas.

Bravo! não tinha a obrigação de ter conhecimento da reportagem anterior de O Tempo, mas uma vez informada do fato, teria a obrigação de registrá-lo. Lamento que o elegante senhor da foto que ilustra a seção “Carta do Editor” da revista, postulando “a arte de defender idéias de forma clara, atraente e elegante”, não tenha tido a elegância de reconhecer um furo de sete anos, que a revista insiste em ignorar, reiterando o “ineditismo” da revelação por Bravo! dos “Diários de Guerra”. Acho que esse desabafo se justifica por tangenciar uma questão ética crucial no jornalismo, que é o reconhecimento do mérito de quem dá a notícia em primeira mão.

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Capa da Bravo:



Matéria do Regis:

http://monlover.files.wordpress.com/2008/11/guimaraes-rosa.pdf